GUAJUVIRA EM CHAMAS






Momento em que explodiu um dos vagões.

No dia 8 de Dezembro de 1988, quando eu estava em frente da minha casa no centro de Araucária conversando com meu vizinho Albanor Costenaro, avistamos uma grande nuvem de fumaça preta ao Oeste da cidade, e logo ficamos sabendo através da Radio Iguaçu que se tratava de um grande incêndio no distrito de Guajuvira que fica a 18 quilômetros do centro da cidade ocasionado pelo descarrilamento de um comboio de vagões carregados com gasolina. Então resolvemos ir ate o local do acidente para ver oque realmente estava acontecendo. Fomos pela estrada da Campina das Pedras porque pela via asfaltada com certeza seria grande o movimento dos carros de bombeiros e outros que estavam indo prestarem socorro. Quando chegamos perto, ficamos em cima de um barranco ao lado da linha férrea a uns 300 metros do local do sinistro onde não havia perigo, pois além do Albanor estava comigo meu filho e meu sobrinho. No momento que chegamos lá, estavam queimando dois vagões e houve a explosão de um deles, fazendo levantar uma enorme bola de fogo seguida por uma enorme nuvem de fumaça. Os vagões saíram dos trilhos em frete de onde era o prédio da Estação de Guajuvira, e ao tombarem derramou o combustível que foi se espalhando entre as construções que ali existiam inclusive para dentro da cerâmica onde o pessoal estava trabalhando com os fornos acesos, o que foi inevitável para iniciar um grande incêndio. Arriscando suas vidas no meio deste inferno, bombeiros trabalhavam resfriando com água os vagões que estavam somente tombados e ainda não queimando, guardas freios, maquinistas e manobristas arrastavam os vagões que permaneciam em cima dos trilhos com uma locomotiva na frente e outra para trás do lugar onde aconteceu o desastre. O fogo concentrou-se na margem esquerda da linha férrea destruindo tudo que existia ali por perto inclusive fazendo vitimas fatais. O armazém do SR Francisco Nalepa por pouco também não foi destruído, pois o fogo chegou muito perto quando estava consumindo a Cerâmica Guajuvirense, desta restando apenas à chaminé.

Meu filho Leandro e meu afilhado Leonardo no momento da primeira explosão.
Estação de Guajuvira. Década de 50 ou 60 antes do incêndio.
Acervo IPHAN - Foto cedida por Ana Rosi Wolski Radtke, filha do Sr Valentim Wolski,  a Cerâmica vista ao lado da linha férrea.


Momento que explodiu outro vagão.
 
 



A antiga estação de Gujuvira que neste dia já não exista mais. A esquerda esta a
fabrica de palhões da família Wagner.
Foto do acervo de Estevão Wagner II.


No fundo a olaria que foi destruída pelo incêndio.


Foto de Roberto Chileno. - Como ficaram alguns vagões após a explosão. Acervo Estevão Wagner II.

Foto do arquivo de Aécio Novitski.

 


Comentários