O Timão de Pescadores

Da esquerda para direita em pé: Mario Visoski, Clemente Guecheski, Odarci Finardi, Aramis Brunato, Laertes Franco da Paz, Paulo Rochemback. 
Agachados: Lotario Balbinoti, João Stupak, Getulio Paula Souza, Ernani Pedroso e Rogério Jasiocha 
Esta foto foi tirada na ocasião quando fomos levar dois botes para deixar no rancho do Rogério. Em cinco pescadores partimos da ponte de ferro sobre o Rio da Várzea na divisa dos municípios de Lapa e Campo do Tenente, com destino ao rancho que fica no Rio Negro em Antonio Olinto.
Levamos três dias para descer este percurso de quase 180 quilômetros (120 só no Rio da Várzea). Fizemos dois acampamentos, onde pescamos, cozinhamos pratos a base de peixe, conhecemos novos lugares e fomos visitados por moradores da região.
No segundo dia na localidade de canivete, quando estávamos armando a barraca e procurando lenha seca para passar a noite, chegou um colono morador da região, que estava pescando por ali e veio conversar conosco. Oferecemos um trago de Ypioca que ele tomou com muito gosto. Elogiou a bebida dizendo que por ali não existe pinga como esta, que de tão boa chega a fazer rosário no copo. Falou que veio pescar aquele dia porque sua esposa estava grávida e com desejo de comer peixe frito, mas infelizmente não pescou nada. O Laertes ouviu o lamento do pescador, foi ate o isopor, pegou um pacote de peixe já limpo, que tínhamos pescado durante o dia e deu ao colono, que de alegria seus olhos lacrimejantes brilhavam. Tomou mais um trago e foi para sua casa. Na manhã seguinte, antes do sol raiar, voltou o colono e nos presenteou com uma broa de centeio, duas voltas de lingüiça pura, um queijo criolo e uma melancia. O que veio incrementar nosso café matinal. Tudo isto foi muito bom para o corpo e alma, nos deixando com vontade de sempre fazer estas aventuras.
Chegando no destino encontramos mais seis companheiros que lá estavam pescando, parados no rancho e nos esperando com uma suculenta feijoada. Ficamos por mais três dias pescando, fazendo manutenção do rancho, cuidando do pomar e fazendo as melhores comidas porque lá estava o grande mestre cuca Odarci.
A maior parte do percurso nós descemos
com os barcos acoplados.
Uma parada para tomar chimarrão.

Comentários