PESCARIAS NO RIO TAQUARI


Sr. Andre Deschrevel com os netos Patricia, Leandro e Leonardo

Antes de construir o rancho no Rio Negro em Antonio Olinto, também pescávamos no Iguaçu e Rio da Várzea em diversos pontos de seus cursos.  Até 1990, normalmente íamos uma vez por ano pescar em Coxim MS no Rio Taquari na fazenda de nosso amigo Arnaldo Campanholo. O Arnaldo era nascido em Antonio Olinto, criou-se em Araucária e tornou-se fazendeiro no MS. Sempre nos acolhia com a maior boa vontade e alegria por estar sendo visitado por conterrâneos.  Nós levávamos  somente os motores porque  além do pouso ele nos sedia os barcos e alguns capatazes da fazenda para serem nossos pirangueiros. Eles preparavam as iscas, nos levavam em bons pesqueiros, limpavam os peixes acondicionando-os em freezer.
O Sr. Andre Deschrevel preferia pescar do barranco tentando fisgar peixes pequenos para serem usados como isca viva na pesca do dourado. Pegando piau, piapara, piava e lambari punha em um samburá de fio que ele mesmo fiava e tecia (era tecelão profissional). Colocados neste reservatório, mantido dentro do rio, os peixes se mantinham vivos até a hora de serem usados como engodo. Certa hora , quando já tinham uns dez peixes , veio uma ariranha, que dava espetáculo todos os dias nadando no pesqueiro do Sr.André, e levou o samburá com as iscas para sua toca.
A primeira vez que o João Stupak fez parte da equipe foi pescar de fronte à casa, onde o pesqueiro era bem cevado. Deixou armada três varas com molinetes e foi tomar caipirinha com o Arnaldo, que o assistia sentado na varanda. Quando o João percebeu as três varas estavam sendo arrastadas para o meio do rio e nunca mais teve notícia delas.
Nunca fomos adeptos a pegar peixes em demasia. O que valia mesmo era o papo com os amigos, piadas, histórias e estórias, comidas e o convívio com a natureza. Só ouvir o barulho que araras faziam, ver os bandos de tucanos que viviam em redor da casa e comer manga direto do pé valia os quase 3.000 quilômetros que fazíamos para ir e voltar.
Na volta trazíamos para casa a quantidade de peixe que era permitida.  Nesta época a cota era 35 quilos mais um exemplar por pescador. Peixe suficiente para o consumo próprio, e ainda presentear alguns amigos.
a partir da esq. Sent. H – Antonio Martins, Ambrosio Campanholo, Natalino, Andre Deschrevel, Bernardo Valentine (Bado) e Arnaldo Campanholo. Degustando uma peixada na sombra de cajueiros.


Paulo Rochemback e Rogério Jasiocha (com o remo)- no fundo a casa do Campanholo, na beira do Rio Taquari.

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