PESCARIAS DE TRAIRAS NO SEM SAL

Quando  desciamos  de barco entre Porto Amazonas e São Mateus do Sul, acabamos descobrindo bons lugares para acampar e pescar, principalmente em lagoas afastadas da margem do rio e que não eram exploradas por pescadores, a não ser por moradores da região que esporadicamente pescavam com caniços. Uma das melhores ficava nas proximidades da outra margem do Porto Sem Sal. Na época que existia a navegação de vapores entre União da Vitória e Porto Amazonas, tripulantes e passageiros de uma embarcação paravam neste local para almoçar e encontravam a comida sem nenhum tempero, daí o nome que deram ao porto. A única lagoa que existia por ali tinha mais ou menos 300 metros de comprimento e quase sua totalidade ficava dentro de uma mata densa e era afastada 200 metros da margem do Iguaçu. Para chegar neste lugar íamos de carro ate o terreno do Sr. Durvalino Veiga, que fica nas margens do Iguaçu na localidade do Ligeiro, descíamos de barco com motor de 5HP aproximadamente 10 quilômetros. Fazíamos o acampamento na beira do Rio Iguaçu para manter silêncio perto da lagoa. Uma vez que fizemos uma excelente pescaria de traira neste local foi em Janeiro de 1975. Participaram desta: Rogério Jasiocha, Wenceslau Jasiocha (Wasseko), Edgar Mulmann, Jacob Coraiola, Durvalino Veiga e seu amigo gaucho Sr. Jerônimo, que veio do Rio grande do Sul para dirigir as lojas dos Supermercados Real em Curitiba. Ao chegarmos ao local encontramos a lagoa completamente tomada por aguapés. Então no primeiro dia trabalhamos abrindo clarões fazendo a retirada da vegetação aquática em diversos lugares para podermos lançar nossas linhas com anzóis. Pescávamos na batida ou com molinetes utilizando lambaris e isca artificial. O melhor horário para se pescar era pela madrugada e na boca da noite. Ficamos durante cinco dias e pegamos muitas e grandes trairás que foram defumadas e secadas ao sol, pois era única maneira de conservá-las.
Sentados da esq/dir. Jerônimo, Edgar, Jacob,Wasseko.
                                 Em pé Veiga
 Rogério tirando uma soneca depois do almoço e 
   esperando o entardecer para ir pescar trairas.
Edgar Mulmann, Durvalino Veiga com sua roupa 
                impermeável e Rogério.
     Do outro lado do rio apenas alguns vestígios 
           que restaram do Porto Sem Sal.

Comentários

  1. Otimo relato, adoro as historias do rio.iguacu e de Porto Amazonas, continue compartilhando.seus relatos conosco.
    Sou admin do site www.portoamazonas.com caso queira posso abrir um espaco para publicar relatos da epoca da navegacao, contos, causos, etc...

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  2. Ola Riomar
    Agradeço o espaço oferecido em seu site. Caso queira publicar algum conto do blog HISTORIAS DO MEU BORNAL podera faze-la.

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