BROA DE CENTEIO

Este pitéu não pode faltar para nós que descendemos dos poloneses. Principalmente no café matinal que exige uma refeição saborosa e de sustância para quem vai trabalhar no pesado, como é o caso dos trabalhadores rurais onde se encontram a maioria dos emigrantes poloneses. Quando vieram da Europa trouxeram consigo o costume de consumir as receitas deste delicioso alimento. Embora a qualidade do trigo e do centeio aqui no Brasil não seja a mesma do que na Europa (talvez por causa do clima) há os que fazem deliciosas broas de centeio. As receitas são praticamente iguais, mas alguns adicionam batata doce, farinha de tatarca, torresmo, aipim e ainda cada um tem seu segredinho que deixam suas broas mais secas ou mais úmidas. As broas assadas em fornos a lenha são sem duvida melhores do que as assadas em fornos a gás ou elétricos. Certo dia quando fui visitar alguns fregueses em Contenda - PR, na localidade do Rio do Cacho, meus filhos Leandro e Patrícia, ainda pequenos e que estavam em férias escolares me acompanhavam e ao chegarmos próximo ao armazém do Sr. Stigar, eles quiseram pescar em um riacho ali existente. Fomos até o armazém onde compramos anzóis e linha, e para usar como isca o Sr. Stigar nos deu uma fatia bem grande de uma broa que acabara de sair do forno. Enquanto eu arrumava os caniços os dois pescadores mirins beliscavam a broa e quando deram por conta sobrou um pequeno pedaço que eu acabei degustando. Não pescamos por falta de isca, mas ainda me lembro do sabor daquela deliciosa broa umedecida pela batata doce que foi colocada em sua massa e assada em forno a lenha. Aqui em Araucária existem vários fabricantes de broa de centeio, mas a que eu prefiro é a broa do Binhara. Quando vamos para o nosso rancho de pesca em Antonio Olinto fazemos broa porque lá temos um forno que cabem quatro broas por fornada e as consumimos com carne de onça, omelete, beicon frito e muitos outros deliciosos acompanhamento.

As deliciosas broas do Binhara. Sempre fresquinhas.

Rafael Zatesko, o fabricante e responsável pelo abastecimento
na mercearia do Binhara. Ele traz varias remessas por dia, por isso
que quase toda hora tem broa quente.

Quando visitei Hamburgo na Alemanha tiramos a foto e
levamos uma para casa para comermos com manteiga e
aquelas geléias que os alemães fazem muito bem.

Em nosso rancho de pesca o Eduardo Knopik é o
“broeiro” oficial.

Uma delicia: fatie a broa, deixe descansar por uns cinco dias.
Frite rapidamente em óleo ou banha quente, passe alho depois
de frita ou faça embebida em ovos batido (rabanada). Café preto
para acompanhar.