PESCARIAS NO PANTANAL

Muitas vezes fomos pescar no pantanal apenas eu e o Bernardo Valentine Neto, o Bado como era conhecido. Por algumas vezes levamos junto o Sr. Andre Emanuel Deschrevel.   Íamos normalmente para uma semana e em poucos porque sempre ficávamos hospedados na casa do fazendeiro Arnaldo Campanholo que ficava às margens do Rio Taquari. Tínhamos uma grande amizade com o Campanholo, eu por ter passado parte da infância quando ele ainda residia em Araucária e o Bado por ser seu compadre. Sempre íamos de automóvel rebocando uma carretinha com comes e bebes e combustível para o barco que o Campanholo nos emprestava. Lá tínhamos toda liberdade, inclusive para usar a cozinha da casa onde o Bado colocava em pratica suas habilidades culinárias. Vizinho do Campanholo residia o Natalino que era pescador profissional, mas na ocasião das nossas pescarias ele era nosso pirangueiro preferido, nos levando nos melhores pesqueiros, preparando as iscas, limpando os peixes que pegávamos e os acondicionando no freezer. O Sr. André, não gostava de pescar embarcado então ficava no barranco pegando peixes pequenos que serviam de iscas para eu e o Bado pegarmos os grandes. Quando o tempo estava bom para pesca em três dias pegávamos a cota que era permitida (naquela época era de 35 kg e mais um exemplar de qualquer tamanho por quem portasse uma licença de pescador amador) e o restante da semana ficávamos jogando conversa fora e contemplando as maravilhas do pantanal.


A casa do Campanholo que ficava a menos de cinqüenta metros do Rio Taquari. À esquerda o Sr. Andre pescando peixes para isca. Quando pegava um que não servia para isca, por ser grande, ele o soltava em um açude que tinha atrás da casa e já aproveitava tomar uma caipirinha que sempre estava pronta para ser servida na varanda da casa.


Buriti. Esta espécie de coqueiro é muito abundante na região e dentro do coquinho existe uma amêndoa que serve de alimento para as pacas, antas araras e outros animais silvestres.

Natalino o simpático pirangueiro que era pescador profissional e por isso ele podia pescar com João Bobo, que é um anzol em uma linha de 30 cm amarrado em um litro de pet e iscado com jenipapo. Estes eram soltos no meio do rio para descerem com a correnteza e às vezes encontrados pelos pacus que ao pegarem a isca a fisgavam. Na frente do barco esta o Bado e no meio do rio os artefatos pesqueiros.


Sempre pegávamos bons exemplares nos pesqueiros que o Natalino nos levava.


Sr. Andre que pegava as iscas para eu e o Bado pescar os peixes grandes. Bons tempos.





Comentários

  1. Saudades do Coxim, também conheci o Natalino pescamos juntos sempre fizemos boas pescarias naquele lugar. Só resta as fotos antigas e a saúdes dos tempos que não voltam mais. O seu Arnaldo era uma pessoa maravilhosa educada e hospitaleiro, deixou saudades também.

    ResponderExcluir

Postar um comentário