cuques, pastéis, geleia de tutano, bolinhos de carne, recheiam as galinhas, temperam os leitões
e o churrasco para serem assados e servidos no dia. O salão onde será servida a refeição que depois vira pista de dança (normalmente o paiol da casa) é decorado com galhos de pimenteira e bambu cará. Após o cerimonial na igreja, em uma carreata segue-se para o local da recepção festiva, soltando muitos foguetes e dando vivas aos noivos. Antes de chegar ao local das festividades à carreata e parado por um grupo de pessoas que cobram um pequeno pedágio e dão em troca um cálice de licor à pessoa que contribuiu com a quantia simbólica de dinheiro que será entregue ao novo casal, tudo isso com presença de um gaiteiro e um rabequista tocando musicas polonesas. Chegando ao local é comemorado o odczepiny (a noiva deixa de ser solteira) e os noivos são abençoados pelos pais e então começa a serem servidos os comes e bebes. Terminada a refeição os druzbas (ajudantes na festa) começam a retirar as mesas do salão deixando apenas os bancos encostados na parede para começar o grande baile, apenas em um canto do recinto será deixado uma ou duas mesas bem grandes para que após a meia noite seja servido um café com salgados e doces para renovar as energias do pessoal. O baile começa com a dança dos noivos, pais, padrinhos e dai estende-se aos demais, dançando em pares ou em grupo como é o caso da dança do socó. Também tem a czepowiny, nesta dança a noiva tira os homens para dançar, e após dar uma volta na mesa em que o noivo estiver sentado o convidado põe um dinheiro em um prato e pega um cálice de licor ou cigarro em troca. Dos galhos das pimenteiras que decoram o salão caem algumas folhas que são pisoteadas pelos dançarinos e fazem exalar um aroma característico de pimenta que tornam estas festas inesquecíveis pelo seu perfume. Terminada a festa, no dia seguinte tem o famoso repique onde são servidas as sobras do dia da anterior, para quem estiver lá. Hoje em dia com as mudanças na vida dos colonos, principalmente os poloneses, não acontecem mais estes casamentos dado a facilidade que se contrata uma empresa ou restaurante para se fazer a festa.
A SEGUIR: FOTOS DO ÚLTIMO
CASAMENTO DA FAMILIA MIKA EM CACHOEIRA DO IPANEMA, QUITANDINHA, PR.
As bapkas (vovós) com seus lenços sempre foram pessoas marcantes.
Os druzbas
promovendo a limpeza do salão para iniciar o baile.
A banda que anima o baile é especializada em tocar musicas
polonesas.
A bapka
dando um corretivo no neto porque ele dançava muito apertado com a
Namorada.
Venda da gravata para angariar dinheiro a ser gasto na lua
de mel.
Dona Leocádia Jasiocha com seu sobrinho Ari Mika o pai da
noiva.
A direta, meu primo Juca Mika, o responsável por preparar e
temperar o churrasco da festa.
Muito bom!
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