PESCARIA NO RIO da VÁRZEA


No dia 14 de abril de 1992 eu liguei para meu amigo Aramis Brunato para parabeniza-lo pelo seu aniversário que ocorria naquele dia. Ele agradeceu a lembrança e disse: para comemorar mais este ano de vida eu vou proporcionar um churrasco para nossa turma de pescaria, mas isso tem que ser na barranca do Rio da várzea e Rio Negro, o alcatre já esta temperada, a cerveja já esta no isopor, a turma já esta avisada e agora que você também esta sabendo se apronte para sair amanhã às cinco horas para podermos começar a pescar bem cedo, porque uma boa fritada de peixe também vai fazer parte da festa. Como de costume o pessoal com todas as tralhas do acampamento já dentro dos barcos que estavam nas carretas engatadas em dois carros, a turma se reuniu em frente da casa do Aramis exatamente às cinco horas da manhã. Após quebrarmos o jejum com um bom chimarrão partimos em direção ao Rio da Várzea. Chegamos à ponte de ferro que faz divisa dos municípios da Lapa e Campo do Tenente às seis horas, colocamos os barcos na água e começamos descer o rio enquanto os dois companheiros que vieram dirigindo rumavam em direção ao nosso rancho nas margens do Rio Negro em Antonio Olinto, onde nos deveremos chegar no dia seguinte bem no final do dia. Duas horas após a nossa partida chegamos a um dos melhores trechos do Rio da Várzea para pescar, e até a hora do almoço já tínhamos pescado quase o suficiente para fazer uma boa fritada.  Encostamos os barcos em baixo de um pé de Açoita-Cavalo para aproveitar a sua sombra, e ali almoçamos galinha com farofa. Continuamos descendo o rio e volta e meia parando para pescar, no meio da tarde já tínhamos peixes suficiente para fazer uma boa refeição. Resolvemos parar de pescar para descermos ate a confluência do Rio da Várzea com o Rio Negro, onde pretendíamos armar a barraca para passar a noite e fazer aquele churrasco de alcatre para comemorar o aniversario do Aramis. Mas enquanto viajávamos rio abaixo o tempo virou e começou a se formar fortes nuvens de chuva que nos obrigou a encostar e acampar bem antes do lugar pretendido. No momento em que terminamos de armar a barraca começou a chover torrencialmente e assim foi à noite inteira. Sem ter condições de fazer um fogo, o churrasco ficou adiado para o dia seguinte se parasse de chover, então como tínhamos fogareiro a gás fizemos aquela fritada de peixe para o jantar, e como estavam deliciosos aqueles bagres, mandis, guascas e acaras com café preto e broa de centeio. Ao amanhecer a chuva tinha cessado e tudo indicava que íamos ter um lindo dia. Tomamos chimarrão e o café da manhã para continuar nossa descida. Mas ou menos onze horas da manhã já no Rio Negro paramos num parcel (pedra que forma um banco do barranco até uma altura do rio) onde conseguimos lenha seca de Cambuí, tomamos banho no rio e comemoramos o aniversario do nosso amigo com aquele churrasco. Neste mesmo dia chegamos ao rancho onde foi assado mais alcatre para os dois companheiros que lá estavam nos esperando.

Aramis Brunato o aniversariante


Confluência do Rio da Várzea e Rio Negro onde tínhamos a intenção de acampar se não fosse à chuva.


Já no Rio Negro em cima de um parcel, com Cambuí seco fizemos  o churrasco. Na Foto Aramis Brunato e Laertes Franco da Paz.
 
 

Após um banho no rio. Da esq. p/ dir. Aramis Brunato, Odarci Finardi,
Rogério Jasiocha e João Stupak


Um banho no Rio Negro, um dos poucos rios ainda não poluido aqui no Paraná

 

 
 
 

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