CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DE MAJDANEK




Talvez por eu ter nascido logo após o término da Segunda Guerra Mundial e na minha infância e juventude ter assistido a muitos filmes baseados em historias deste conflito eu sou muito ligado a assuntos correlatos a esta guerra. Todas as vezes que estive na Europa eu procurei visitar os locais onde ocorreram os combates, campos de concentração, quartéis, museus e outras coisas que marcaram esta terrível época. Um dos locais que estive e senti uma sensação muito estranha, pesada e chocante foi na Polônia no Campo de Concentração de Majdanek. Este é o terceiro maior campo de concentração da historia criado pelos Nazistas em 1941, que deram o nome de Konzentrationslager. Já a população do distrito de Majdan Tatarski que fica a quatro quilometro de Lublin o chamavam de Majdanek. No início era apenas um campo com 50 mil prisioneiros de guerra que passou por uma expansão elevando sua capacidade para 250 mil usados para fabricarem armas e munições para o exército Nazista. De Abril de 1942 ate seu fechamento em Julho de 1944, o local foi transformado em um campo de extermínio. Majdanek e Auschwitz (este o maior de todos) foram os dois únicos a usarem o gás exterminador ZYKLON B. Com a chegada do Exercito Vermelho em 1944, antes da fuga os Nazistas conseguiram destruir apenas o crematório o que tornou o campo de Majdanek no mais bem preservado dos campos existentes para o pós-guerra. Logo após minha visita neste local, meus parentes na Polônia que estavam pegando dados para elaborar a árvore genealógica da nossa família descobriram que ali pereceu o soldado Aleksander Jasiocha do Exercito Polonês que era sobrinho de meu avo Lourenço Jasiocha.


As cercar de arames farpados para evitar a fuga de prisioneiros.


Os galpões que serviam de dormitórios ainda estão intactos inclusive com beliches.


Após o banho coletivo nestes chuveiros, os prisioneiros, sem saber, seguiam para a câmara de gás


Sapatos, sapatilhas e chinelos usados pelos prisioneiros.


Uniformes utilizados, inclusive com algumas marcas para identificar raça e opção sexual.


O crematório reconstruido, pois esta foi a única peça de todo o campo que os nazistas incendiaram. No fundo a cidade de Lublin.


Os fornos no interior do crematório onde eram incenerados os prisioneiors mortos na câmera de gás.
Por de baixo destes fornos corria uma tubulação que levava água quente para banheiras na sala ao lado para os  oficiais Nazistas tomarem banho. Também tinha mais uma sala com uma mesa de concreto onde eram extraidos os dentes de ouro dos cadaveres antes de serem cremados.
Ate hoje descendentes dos mortos levam flores neste local.


Neste monumento estão guardadas as cinzas humanas resultante do holocausto.





Soldado Alexander Jasiocha, sobrinho do meu avo que foi uma das vitimas neste campo de concentração.


Árvore genealógica de nossa familia na Polônia onde consta o nome do Alexander.
 
 
 
 
 
 

Comentários

  1. Parecem imagens tiradas de filmes de terror. Você é forte pra ver esse lugar tão de perto. Deve dar um mal estar muito grande,o ar parece pesado.

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