Eu e Wagner Jorge Manna fomos admitidos no Laboratório Enila, posterior- mente Smith Kline Enila, no dia 3/03/ 1969. Eu para a praça de Curitiba e o Wagner para Maringá região. |
No Dia 5 de Dezembro de 2015,
tivemos na churrascaria Vallejo um almoço de confraternização onde reuniu
representantes de laboratórios farmacêuticos que atuaram principalmente na
década de 1970 nas capitais do Paraná e Santa Catarina, também no interior
destes estados. Neste evento que reuniu quase uma centena de elementos que
trabalharam, e alguns que ainda trabalham no ramo de medicamentos eu tive a
oportunidade de encontrar muitos conhecidos e principalmente seis colegas do
mesmo laboratório em que trabalhei como propagandista e vendedor na praça de
Curitiba e posteriormente como supervisor dos estados do Paraná e Santa
Catarina. Foi uma época muito boa, o carro utilizado para as viagens era nada
mais que o fusquinha, poucas eram as estradas asfaltadas no interior dos dois
estados. Quando chovia não se conseguia entrar no setor para trabalhar ou se já
estivesse lá, era difícil sair, eu comprei muitos pares de corrente para
colocar nos pneus e poder sair destes lugares, principalmente na região de
Ivaiporã e grande parte do sudoeste paranaense, mas para compensar estas
situações difíceis tínhamos dos hotéis e restaurantes de que éramos fregueses
um atendimento muito especial. Nas capitais e cidades grandes, fazia-se
propaganda para os médicos em seus consultórios e ia vender os medicamentos nas
farmácias, já nas cidades pequenas do interior, negociava-se direto com o
médico que era o proprietário do hospital e da farmácia anexa a este. As
duplicatas referentes a estas vendas eram cobradas na ocasião de cada visita.
Nesta oportunidade tirava-se novo pedido e muitas vezes recebia-se o valor da
venda anterior em espécie. Naquela época não se usava o sistema bancário para
fazer a remessa deste numerário, e com isso acabávamos ficando uma ou duas
semanas com todo este dinheiro na pasta e mala de viagem. Quando havia
necessidade de se fazer uma ligação telefônica para o gerente ou para matriz,
era necessário ir até a agencia de telefonia da cidade e aguardar doze horas ou
mais dependendo do lugar onde estivesse, então para não perder negócios, esta
situação as vezes nos fazia tomar decisões que só gerentes podiam tomar, mas
graças a Deus sempre deu certo. Segundo o pessoal que continua trabalhando no
ramo, tudo isso mudou, está tudo mais fácil, inclusive o elemento vendedor
quase não existe porque as vendas são feitas diretamente dos laboratórios às
grandes redes de farmácias e distribuidoras apenas os propagandistas continuam
visitando médicos como era antes.
De boné, Silvio, trabalhava em Londrina e região, hoje reside em Camboriú, no centro de camisa azul Nelso Voigt, começou trabalhando no oeste catarinense e mais tarde foi transferido para o vale do Itajaí, sempre morou em Joinville e continua trabalhando em laboratório. O Nelso, também e conhecido como "Para Pedro" devido sua semelhança com o cantor e ator da musica com este nome que fez muito sucesso na época.
De camisa Xadrez, Salvador Leonel Filho fazia o Oeste e Sul do Paraná aposentou-se na Eucatex.
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