MATANDO A VONTADE


Revendo algumas fotos antigas de pescarias e caçadas, me veio a lembrança o churrasco que fazíamos nestas ocasiões, principalmente nas caçadas quando a carne escolhida era a costela. Este tipo de carne além de ser muito saborosa quando assada tinha bastante osso, com os quais nossos cachorros perdigueiros passavam um bom tempo roendo. Normalmente fazíamos a costela assada para o jantar, pois durante o dia estávamos cassando nos campos ou lavouras e quando chegava ao fim do dia armávamos uma barraca ou encontrávamos aqueles ranchos que existia nas roças, onde os colonos guardavam suas ferramentas e implementos agrícolas para passarmos a noite.  As ripas de costelas eram separadas e cortadas com mais ou menos dez centímetros, temperadas com sal, pimenta, cebola, vinho branco seco e acondicionadas em uma lata com tampa. Nos assávamos esta carne em fogo de lenha que encontrávamos ao redor do acampamento, pois naquela época não existia carvão como existe hoje. Iniciava-se assando a carne na lavareda e ia baixando a grelha para perto do pouco brasido que se formava e assim íamos sentindo aquele cheiro de churrasco assando e enchendo a boca de água. Naquela época, outros lugares que tinha costela em ripa muito saborosa era na Churrascaria Tupã, Clube Caça e Tiro e Sociedade Agua Verde, todas em Curitiba. Hoje não existe mais aquele sistema de servir costela em ripa servindo como entrada a costela minguinha em pequenos pedaços. Então estas lembranças me atiçaram a vontade de degustar uma costela igual àquela dos velhos tempos, e em vez de tomar chá de hortelã com querosene para acalmar as lombrigas fui ao açougue, escolhi a carne, pedi ao açougueiro para cortar como é para ser, fiz aquele tempero e no dia seguinte assei como assávamos nas caçadas. Ficou uma delícia........
 
 
 
Almoçando na Churrascaria Tupã - meu pai, eu e minha irmã, minha mãe de vestido floreado e a nossa baba Maria - ano 1955

Ate a minha PET aprovou a costela.

 

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