1 de agosto de 2016.
Hoje
está fazendo exatamente 50 anos que eu me tornei o 831º sócio da Sociedade
Operaria Beneficente Araucária, neste ano a sociedade tinha como presidente o
Sr Vicente Incote e Pedro Lilito Franceschi era seu secretário. Bons tempos,
nesta época o clube ainda promovia bailes sociais, baile do grito de carnaval,
carnaval, bailes de formatura, baile da rainha da S.O.B.A, todo dia 1º de maio
era comemorada o aniversário do clube com uma grande festa. A dependência do
clube era cedida para associados fazerem festas de casamento e poderiam contar
com os serviços da dona Tita e Olivia Casanova (cada uma em épocas diferentes)
que eram verdadeiras maestrinas na arte de cozinhar para grandes eventos. Meu
pai Wenceslau Jasiocha foi o segundo presidente da S.OB.A. No início da década
de 1950 foi eleito e
empossado no cargo após ao falecimento do Sr Máximo Cantador
que foi o fundador. Nas duas gestões em que meu pai presidiu o clube, com mais
a ajuda de associados e alguns empresários de Araucária foi construído a sede
social na rua Victor do Amaral onde ela se encontra atualmente. Até que fosse concluída
a sede os bailes eram realizados em salões alugados, o primeiro local foi no
armazém do Sr João Jess, onde hoje se encontra a Loja Eletro Minas, deste lugar
passou para o armazém do Sr Archelau de Almeida Torres, onde hoje está o Hotel
Rihad Palace, daí mudou-se para o armazém da família Jacomel no Bairro Estação
e por último antes de ir para a sede própria funcionou por algum tempo no
armazém da Sra Eufruzina Tyrka ao lado da antiga Casa Wasseco, também no bairro
Estação. Os bailes eram animados por músicos aqui de Araucária mesmo, entre
eles Victor Storer, Delosmar Pizzato Fruent, Binhara (era um sanfoneiro que
vinha de Guajuvira), Tio Belo que mais tarde formou o Conjunto Maracá e ficou
alegrando as festas por muitos anos. Eu me lembro que a S.O.B.A comprou alguns
pinheiros na localidade de Fazendinha (que se tornou uma comunidade japonesa em
Araucária) e para lá foi meu pai acompanhado de mais alguns sócios para
derrubarem e beneficiarem esta madeira, transformando em vigas e caibros a
serem utilizados na construção da sede. Estas pessoas ficaram trabalhando com a
madeira durante dois meses, voltando para suas casas somente nos finais de
semana, não visando pagamento nenhum pela labuta. A Sociedade Operaria criou e
manteve por muito tempo uma banda musical regida pelo maestro Ângelo Antonello
que deu a oportunidade para muitos jovens araucarienses a se tornarem músicos,
também a S.O.B.A possuiu um time de futebol que se consagrou campeão da liga
regional por muitas vezes, dando alegria à sua torcida. Quando terminou o
segundo mandato como presidente, meu pai teve como sucessor o Sr Belarmino Dias
da Costa que também fez dois mandatos de dois anos cada um e a seguir mais de
umas dezenas de araucarienses atuaram presidindo o clube, lutando como podiam
para manter seu funcionamento. Desde aquela época o prédio sofreu várias
reformas e também houve a necessidade de alterar o modo de suas atividades,
abrindo suas portas para o público em geral para melhorar sua parte financeira,
pois somente com as mensalidades pagos pelos associados não era possível manter
a sua sobrevivência. Infelizmente hoje a S.O.B.A, por solicitação do Ministério
Público, está impedida de exercer suas atividades por uma série de
irregularidades que vieram se acomunado nos últimos anos. Eu sei que é uma
vontade utópica, mas que bom surgisse uma pessoa como um daqueles antigos
administradores que trabalhavam por AMOR ao clube, colocando o coração na
frente de tudo para deixar uma agremiação para os jovens e futuras gerações
como nós tivemos a Sociedade Operaria Beneficente Araucária no passado.
Algumas pessoas que eu conheço e
ainda estão vivas e colaboraram com o clube comprando os 100 primeiros títulos:
ALCEU
CANTADOR
SÓCIO
Nº 16
JOVAL
DE PAULA SOUZA SOBRINHO
SÓCIO Nº 18
OSWALDO
VALENTINE
SÓCIO
Nº 39
ACYR
DE ALMEIDA TORRES
SÓCIO Nº 74
BENJAMIM
SOBOTA
SÓCIO
Nº 84
Uma festa comemorando o aniversario da S.O.B.A na década de 1950. |
Baile de Carnaval na década de 1960. D esq./dir. Olímpio M Paes, Nico, Toshime Higashi, Luiz Baja, Koi, Joaquim M Paes, Marafigo e Rogério. |
Esq. / dir. - Carlos Tisse, José Skraba e Wenceslau no seu segundo mandato com a sede já construída. |
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