Depois que meu pai casou sempre trabalhou com
comércio, fundou a CASA WASSECO em 1946 no bairro Estação de Araucária, mas
trouxe com ele aquele apego com a agricultura criado desde sua infância quando
ele ajudava meus avós que sempre dependeram da lavoura para viverem e criarem
seus filhos. Sua casa de comercio tinha um bom movimento devido ter uma grande
freguesia, mas mesmo assim ele arrumava tempo para fazer lavoura. Alugava
terrenos e plantava batata, arroz, melancia e outros produtos agrícolas, mas
ele nunca visava lucro nesta atividade, apenas fazia para satisfazer sua
afeição que tinha pelo amanho e cultivo da terra. Quando se aposentou, foi
morar no Bairro Sabiá e adquiriu um lote vago ao lado da sua nova moradia
apenas para fazer uma horta de verduras e legumes, cuja produção ele
presenteava vizinhos e amigos. Chegou um tempo que a produção de sua horta começou
a enfraquecer devido a terra estar cansada pelo uso continuo. Sua experiência fez entender que estava na
hora de dar um bom trato nesta terra, para isto seria necessária uma grande
quantidade de um bom adubo orgânico. Foi
falar com meu tio Chico Szarnecki que tinha uma criação de vacas leiteiras que
produziam muito leite também enchiam o potreiro de tortas que depois de
curtidas se transformam num excelente fertilizante orgânico além de
proporcionar o nascimento de cogumelos bom para o consumo. Meu Tio Chico deu a
liberdade para colher a quantidade de esterco que precisasse. Meu pai contratou
um ajudante e foram juntar tortas no potreiro e na invernada onde meu tio
criava suas vaquinhas. Depois de três dias de trabalho, aproveitando até um
pedaço da noite que era clareada pela lua cheia conseguiram encher algumas
dezenas de saca com esterco seco. No quarto dia meu pai pagou frete a um
caminhão de aluguel que transportou as sacas com esterco, da chácara até a sua
casa. Eram quase meio dia, perto do horário do almoço, então descarregaram as
sacas em frente da casa para depois levar e esparramar na horta. Meu pai
combinou com seu ajudante para reiniciarem o serviço pelas três horas da tarde,
porque ele queria tomar um banho, almoçar e tirar uma soneca depois do almoço como
era seu hábito. Conforme o combinado as três horas chegou seu ajudante e foi
até a varanda da casa onde meu pai fumava seu cachimbo despois da sesta e lhe
perguntou se ele tinha recolhido o esterco sozinho ou alguém tinha ajudado. Não,
eu não recolhi nada disse meu pai, mas na frente da casa não tem mais nenhum
saco de esterco falou o ajudante. Correram para lá, de fato não tinha nem sinal
das sacas. Mas será o que aconteceu? Ficou pensando meu pai. Foi até a casa do
vizinho de frente e perguntou se ele viu alguém mexendo nas sacas. O vizinho
disse que viu o caminhão do lixo da prefeitura carregando aquelas sacas já após
o horário do almoço (bem na hora do cochilo). Meu pai saiu à procura do lixeiro,
mas não o encontrou, ligou para prefeitura e foi informado que a esta hora o
caminhão deveria estar descarregando a coleta do dia no lixão, foi até lá, mas
encontrou as dezenas de sacas de torta de vaca já trituras com o restante do
lixo. Foi mais um tempão de horta ruim, mas no ano seguinte ele repetiu a
façanha e desta vez consegui o intuito.
Nas tortas de vacas sempre nascem cogumelos alguns bom para o consumo. |
Cogumelos bom para o consumo. |
A criação de vacas do meu tio Chico da para ver no gramado como é grande a quantidade de tortas. |
que sacanagem kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk coitado do S.Waseko tanto trabalho pra nada
ResponderExcluirCacildis, como dizia o Mussum, sacanagem o q aconteceu. Depois de todo serviço e gasto, perder todo o adubo!
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