O POLÍTICO E O JANGUINHO CONSTRUTOR.

No auge da campanha política um candidato resolveu visitar um amigo fazendeiro que além de ter uma família grande também era muito influente em sua região, caso ele resolvesse usar sua liderança para trabalhar seria grande o número de votos que ele conseguiria. Quando chegou perto da residência, estacionou seu carro na porteira e dirigia-se a pé até a casa onde seu amigo já estava lhe esperando com um suculento café  colonial. No meio do caminho encontrou o filho caçula do fazendeiro brincando com um amiguinho, eles estavam ao lado de um monte de tortas de vacas e olhando uma revista com muitas ilustrações. – Boa tarde Janguinho! Cumprimentou o político. O que você e seu amiguinho estão fazendo? Nós estamos catando bosta de vaca. Hum! Muito bem! E o que vocês vão fazer com este monte de bosta de vaca? Nós vamos brincar de construtor. Hum! Muito bem! E o que vocês vão construir? Nós ainda não sabemos, estamos procurando nesta revista uma construção bem bonita para fazer uma igual. Hum! Muito bem! Então fiquem brincando que eu vou conversar com seu pai. Tchau até mais! Tomaram café e conversaram sobre política durante umas três horas. Ao sair da casa viu novamente o Janguinho e seu amiguinho ao lado do que construíram com aquele monte de torta de vaca. - Nossa! Que beleza de construção vocês fizeram! Pois parece uma maquete do palácio do governo! Janguinho, de onde você tirou essa ideia? Ah! Eu copiei desta revista. O candidato começou a rodear e olhar todos os detalhes da obra do Janguinho e seu amiguinho. - Nossa! Que perfeição tudo isso! –O que é esta janelinha? – Aí é o gabinete do governador. Hum! É bem assim que eu vou querer um gabinete quando eu me eleger governador. O político começou a rasgar elogios ao Janguinho na frente de toda sua família que estava ali presente. – Janguinho, a sua obra está perfeita, muito linda, mas está faltando uma coisa muito importante. -  E o que é que está faltando? – Está faltando o governador. Porque você não fez o governador? -  Não fiz porque faltou bosta.